As eleições presidenciais marcadas para o ano que vem não vão ser as únicas das quais os argentinos irão participar: eles também vão votar para escolher quem serão os representantes do país no Parlamento do Mercosul (Parlasul).
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O projeto de lei foi aprovado pelos deputados e senadores argentinos e segue para sanção da Casa Rosada -o que deve acontecer, já que foram senadores governistas que votaram a medida a dois dias do fim do ano.
As eleições para os parlamentares do bloco econômico devem acontecer na mesma votação para eleger o presidente no ano que vem.
A oposição argentina foi contra o projeto por suspeitar que o intuito dele é "blindar" o núcleo duro do kirchnerismo -a presidente Cristina inclusive- de eventuais investigações judiciais no futuro -a lógica é que como os legisladores do Mercosul serão eleitos pela população, eles terão direito a foro privilegiado na Justiça.
No entanto, Cristina Kirchner e seus aliados mais próximos já disseram que a política não tem intenção de concorrer a uma cadeira no Parlasul, que fica em Montevidéu.
O Parlamento do Mercosul já existe, mas só o Paraguai tem eleições diretas para eleger seus representantes. A previsão é que o Brasil tenha parlamentares eleitos em 2020, quando a instituição deve passar a funcionar plenamente.
O Parlasul tem sede em Montevidéu e serve para discutir assuntos relativos ao bloco -como tarifas comuns, política imigratória, parcerias com outros blocos etc.