A preocupante indiferença das autoridades ocidentais diante da perseguição dos cristãos no mundo foi denunciada com vigor nesta sexta-feira durante a missa da Paixão na Basílica de São Pedro.
Leia Também
A missa solene da Sexta-feira Santa, presidida pelo papa Francisco, lembra o julgamento, a subida ao calvário e a crucificação de Jesus em Jerusalém.
O pregador da Casa Pontifícia, o franciscano Raniero Cantalamessa, condenou a "fúria jihadista dos extremistas somalis" que na quinta-feira massacraram 148 pessoas em um ataque a uma universidade queniana.
"Todos corremos o risco - instituições e pessoas no mundo ocidental - de ser o Pôncio Pilatos que lava as mãos", acrescentou.
"Os cristãos", destacou o pregador, "não são as únicas vítimas da violência homicida no mundo, mas não se pode ignorar que são as vítimas designadas e as mais frequentes em muitos países".
O padre Cantalamessa mencionou igualmente os 21 coptas egípcios assassinados em fevereiro por um grupo jihadista na Líbia, enquanto "murmuravam o nome de Jesus", indicou.
No início da celebração o papa Francisco rezou no chão da Basílica, diante do altar-mor, enquanto a assembleia rezava em silêncio.
Francisco condenou nesta sexta-feira a insensata brutalidade do ataque no Quênia, em um telegrama enviado ao presidente da conferência episcopal, o cardeal John Njue.