Cerca de 70% da população do Sudão do Sul, país afundado em uma guerra civil desde o fim de 2013, corre o risco de cair na insegurança alimentar neste ano, advertiu a ONU. Um total de "7,9 milhões de pessoas de um total de 11,6 milhões de habitantes, ou seja, cerca de 70% da população do país, corre o risco de se encontrar em insegurança alimentar durante a próxima temporada de chuvas", indicou na quarta-feira o chefe de ajuda humanitária da ONU, Stephen O'Brien, durante uma visita ao país africano.
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O'Brien quer constatar durante sua estadia de quatro dias "as consequências humanitárias do conflito e os esforços das organizações para responder às necessidades crescentes" da população, disse em um comunicado. "Depois de ter falado com pessoas deslocadas em Juba, está claro que esta guerra brutal deixa um balanço devastador", afirmou, depois de ter visitado um campo da capital sul-sudanesa, onde as associações humanitárias tentam conter uma epidemia de cólera que matou até agora 39 pessoas.
Um total de 166.000 civis estão nos campos de deslocados da ONU e muitos deles não se atrevem a sair por medo de ser atacados. A guerra civil começou em dezembro de 2013, quando o presidente Salva Kiir, de etnia dinka, acusou seu vice-presidente Riek Machar, de etnia nuer, de preparar um golpe de Estado.