A Índia desistiu nesta quarta-feira de bloquear centenas de sites pornográficos após a onda de protestos contra esta medida.
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No sábado, o ministério das Telecomunicações pediu aos provedores de acesso à internet o bloqueio de 857 sites pornográficos considerados repreensíveis ou com pornografia infantil.
Mas a proibição, a primeira deste tipo decretada pelo governo do nacionalista hindu Narendra Modi, gerou uma onda de protestos e piadas em todo o país, que levou nesta quarta-feira as autoridades a recuar, exceto no caso dos sites com pornografia infantil.
"Os provedores de internet podem permitir o acesso aos sites que haviam sido proibidos e não têm pornografia infantil", disse um porta-voz do ministério nesta quarta-feira à AFP.
No entanto, alguns provedores pediram mais explicações e consideraram que a nova regra é muito vaga.
"Enquanto não tivermos respostas claras, continuaremos bloqueando as páginas", disse Rajesh Chharia, presidente da associação indiana de provedores.
Em 2012, o governo foi acusado de censura quando proibiu 300 páginas, entre elas de contas no Facebook e no Twitter, argumentando que provocavam tensões étnicas.
Segundo Pornhub, a Índia é o quarto país do mundo que gera mais tráfego neste site de pornografia, atrás de Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.