Revolta

Mais de 200 mil crianças sem aula por greve de professores em Gaza

Da população de 1,8 milhões em Gaza, cerca de 1,26 milhão é de refugiados, de acordo com dados da ONU

Da AFP
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Publicado em 24/08/2015 às 16:50
Foto: MOHAMMED ABED / AFP
Da população de 1,8 milhões em Gaza, cerca de 1,26 milhão é de refugiados, de acordo com dados da ONU - FOTO: Foto: MOHAMMED ABED / AFP
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Uma greve de professores e funcionários em Gaza impediu que mais de 200 mil crianças retornassem à escola nesta segunda-feira (24) para primeiro dia de aula.

A Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWS), que emprega grande parte dos professores e pessoal da educação na Faixa de Gaza e depende financeiramente de doações estrangeiras, está sofrendo com a falta de recursos. 

O sindicato dos funcionários da UNRWA na Faixa de Gaza, território palestino que atingido fortemente por três guerras em seis anos, um bloqueio israelense e crises econômicas, organizou o protesto diante da sede da agência porque alguns funcionários correm o risco de perder seus empregos devido à falta de financiamento.

Da população de 1,8 milhões em Gaza, cerca de 1,26 milhão é de refugiados, de acordo com dados da ONU. A UNRWA proporciona educação para maior parte das crianças - cerca de 225 mil em 245 escolas.

Dezenas de escolas foram danificadas devido à guerra entre militantes palestinos e Israel no último verão.

A UNRWA, financiada principalmente por Estados membros das Nações Unidas, vem sofrendo corte de gastos por anos.

A agência levantou a possibilidade de atrasar o início do ano letivo e despedir alguns funcionários por um ano devido a falta de contribuições por parte de doadores internacionais.

Novos financiamentos permitiram que a UNRWA congelasse esses planos, mas seus funcionários exigem que a possibilidade seja completamente descartada.

Na Cisjordânia, o outro território palestino, crianças voltaram a estudar em meio a homenagens ao bebê de 18 meses de idade, morto no mês passado junto com seu pai quando sua casa foi bombardeada por supostos judeus extremistas.

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