O furacão Joaquim enfraqueceu durante a noite, com ventos de 185 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) americano, e deverá chegar às Bermudas na tarde deste domingo, após submergir a parte sudeste dos Estados Unidos no sábado.
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Joaquim, que passou da categoria 4 para 3 na escala Saffir-Simpson (máximo de 5), se desloca para o nordeste a 33 km/h, e é previsto que seu olho passe pelo leste das Bermudas na tarde deste domingo.
Espera-se que o furacão continue enfraquecendo nas próximas 48 horas, informo o NHC.
Parte do sudeste dos Estados Unidos estava debaixo d'água no sábado após as intensas chuvas ocasionadas pelo poderoso furacão Joaquín, que ameaça deixar destruição similar em sua passagem pelas Bermudas, de 66.000 habitantes.
Às 18H00 (Brasília), Joaquín mantinha intensos ventos de até 240 km/h e o centro do furacão estava a 800 km ao sudeste das Bermudas, e se movia em direção noroeste a 28 km/h.
Segundo informações da imprensa, Joaquim causou ao menos quatro mortes desde a quinta-feira nos Estados Unidos.
A rede CNN informou que uma pessoa morreu pela queda de uma árvore na Carolina do Norte. Outras três morreram em acidentes vinculados às inundações na Carolina do Sul.
Inúmeras casas em extensas áreas do turístico arquipélago das Bahamas - com 385.000 habitantes e 1,3 milhões de visitantes ao ano - ficaram destruídas e outras ficaram sem eletricidade nem serviços telefônicos após a passagem da tempestade.
"Há 26 anos eu moro aqui e nunca vi nada como isto", disse Paul Turnquest, morador de San Salvador, ao diário The Nassau Guardian. "É o pior que eu já vi", completou.
A agência de alerta de emergência das Bahamas até o momento não registrou vítimas mortais e informou que avalia os danos causados pela tempestade.
O Tribuen242 noticiou sobre um falecido em Long Island e as autoridades ordenaram sobrevoos para avaliar os danos. Enquanto em Acklins Island foram registradas ao menos onze casas completamente destruídas, segundo o legislador local Alfred Gray.
A costa leste dos Estados Unidos, que sofreu por intensas chuvas nos últimos dias antes da chegada de Joaquim, salvou-se do golpe direto do furacão, apesar de ser afetada por fortes tempestades.
Algumas ruas do centro histórico de Charleston, na Carolina do Sul, estavam inundadas. "Estamos acostumados com as inundações, mas isto é extraordinário", disse o sargento da Polícia Edwin Graceley.
John e Merroli Haas, turistas do Kansas, refugiaram-se da chuva em um velho supermercado. "Íamos para Savannah hoje, mas decidimos não ir. Não queremos nos arriscar", disse a mulher.
Busca por barco continua
Em paralelo, equipes de resgate continuavam procurando o barco de carga El Faro, que desapareceu com 28 americanos e cinco poloneses a bordo na manhã de quinta-feira em frente às Bahamas durante a passagem do furacão.
Até o momento, a Guarda Costeira encontrou um salva-vidas da embarcação, mas ainda não tem informações sobre sua situação. Segundo fontes da empresa do barco as atividades de buscas continuarão no domingo.
O barco, de 224 metros de comprimento e bandeira americana, realizava a rota entre Flórida e Porto Rico.
O cargueiro enviou uma última mensagem de satélite na manhã de quinta-feira quanto estava perto de Crooked Island, Bahamas, alertando que havia perdido propulsão, uma situação que foi controlada naquele momento, segundo a Guarda Costeira.
Embora se espere que Joaquim vá ter um deslocamento rápido para a costa leste dos Estados Unidos, "a região do Atlântico médio será afetada por um período prolongado de níveis de água elevados e grandes ondas", explicou o NHC.
Ao longo da costa leste já foram declaradas várias emergências e inúmeros moradores foram evacuados depois de uma forte tempestade.
Além disso, o presidente Barack Obama declarou neste sábado estado de emergência para a Carolina do Sul e ordenou o envio de ajuda federal às zonas afetadas.
Joaquim é o terceiro furacão da temporada do Atlântico, que estende-se de junho a novembro, e até o momento é o mais potente devido à força de seus ventos.