Tribunal Internacional Penal

Destruição de mausoléu no Mali é considerado crime de guerra

Bensouda apresentou uma única acusação contra Ahmad al-Faqi al-Mahdi

Da ABr
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Publicado em 01/03/2016 às 10:58
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Bensouda apresentou uma única acusação contra Ahmad al-Faqi al-Mahdi - FOTO: Foto: AFP
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A destruição de mausoléus em Tombuctu, no Mali, em 2012, é um crime de guerra, atribuído a um jihadista local, afirmou a procuradora do Tribunal Penal Internacional (TPI), Fatou Bensouda.

Em audiência de confirmação das acusações, para determinar se as provas da procuradora são suficientes para iniciar um processo, Fatou Bensouda disse que a destruição constituiu um "ataque contra uma população inteira e contra a sua identidade cultural".

Bensouda apresentou uma única acusação contra Ahmad al-Faqi al-Mahdi, afirmando que cabe ao tribunal punir os responsáveis pela destruição de antigos templos em Tombuctu, declarado patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em 1988.

Os nove mausoléus e mesquita destruídos pelo jihadista, também conhecido como Abu Turab, "são as principais vítimas deste crime e, por isso, merecem justiça", disse a procuradora.

Nascido em 1975, em Agune, a cerca de 100 quilômetros a oeste de Tombuctu, Al-Mahdi é o primeiro acusado de crimes de guerra pela destruição de patrimônio da humanidade. Ele foi transferido para Haia em setembro do ano passado.

Ele também é acusado pela procuradoria de pertencer ao grupo radical Ansar Dine, que significa Defensores da Lei e é uma organização de caráter religioso ativa no Mali e supostamente ligada à rede terrorista Al-Qaeda.

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