O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, admitiu pela primeira vez, nesta segunda-feira (11), que Israel atacou dezenas de comboios na Síria que transportavam armas destinadas ao Hezbollah, inimigo do Estado hebreu.
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É a primeira vez que Netanyahu declara publicamente e de uma maneira tão clara que Israel realizou estes ataques na Síria, país vizinho com o qual Israel continua oficialmente em guerra.
Em dezembro, o primeiro-ministro disse que seu país fazia "todo o necessário para evitar entregas de armas particularmente letais da Síria para o Líbano", sem dar mais detalhes.
A imprensa libanesa e síria acusaram Israel de vários ataques aéreos contra comboios de armas destinados ao Hezbollah, mas as autoridades deste país geralmente não fazem comentários sobre os bombardeios.
"Atuamos quando devemos atuar, inclusive aqui, do outro lado da fronteira, com dezenas de ataques destinados a impedir que o Hezbollah obtenha armas que possam mudar a relação de forças", declarou Netanyahu durante uma visita às tropas na parte do Golã sírio ocupada por Israel, segundo seu gabinete.
Segundo fontes concordantes, Israel, oficialmente neutro no conflito sírio, realizou mais de uma dezena de ataques aéreos na Síria desde 2013, principalmente contra o transporte de armas destinadas ao Hezbollah libanês, que combate na Síria junto às forças do regime de Bashar Al-Assad.