Salah Abdeslam, o único sobrevivente entre os integrantes dos comandos que cometeram os atentados de Paris em 13 de novembro, comparece nesta sexta-feira (20) ao Palácio de Justiça da capital francesa, onde será interrogado pela primeira vez por juízes antiterroristas.
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O suspeito foi levado da penitenciária de Fleury-Mérogis (sul da Paris), sob vigilância máxima, até o Palácio de Justiça.
Abdeslam, o fugitivo mais procurado da Europa até sua detenção na Bélgica no dia 18 de março, foi indiciado em 27 de abril por assassinatos terroristas, entre outras acusações, e detido em regime de isolamento em Fleury-Mérogis.
Salah Abdeslam, um pequeno delinquente que passou por um processo de radicalização, é o único suspeito ligado diretamente aos atentados de Paris que está sob poder da justiça francesa. O grau de envolvimento de outros dois indiciados na França é considerado menor.
Amigo de Abdelhamid Abaaoud, suposto coordenador dos atentados, Abdeslam teve um papel importante nos ataques de 13 de novembro, que deixaram 130 mortos e centenas de feridos. Depois ele fugiu para a Bélgica.
Ele foi o eixo da célula criminosa na noite dos ataques, mas também durante a preparação e certamente possui informações valiosas.
Abdeslam, que tem "vontade de se explicar", segundo o advogado, pode apresentar informações vitais sobre a elaboração do projeto jihadista, sobre quem ordenou os ataques e sobre eventuais cúmplices ainda desconhecidos.
Além disso, pode apresentar informações aos investigadores sobre as ligações entre os atentados de Paris e os de Bruxelas em 22 de março, fomentados pela mesma célula ligada ao grupo extremista Estado Islâmico (EI).