Vinte e cinco civis, incluindo seis crianças, morreram em bombardeios contra a cidade de Raqa, reduto do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, informou nesta quarta-feira a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
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Os ataques atingiram vários bairros da cidade, segundo o OSDH, que não conseguiu determinar se os bombardeios foram realizados pela aviação russa ou síria.
"Dezenas de pessoas ficaram feridas e algumas estão em condição crítica", indicou o OSDH.
As aviações síria, russa e da coalizão internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos realizam ataques contra as posições do EI em todo o país.
Quase 300.000 pessoas ainda vivem na cidade de Raqa, onde o EI é acusado de utilizar os civis como "escudos humanos".
"Os ataques aconteceram um dia depois de o Estado Islâmico (EI) ter expulsado as forças do regime das zonas que controlava no sudoeste da província setentrional de Raqa", destacou a ONG.
As tropas governamentais iniciaram em 3 de junho uma ofensiva para assumir o controle da cidade de Tabqa, vital para um posterior ataque de Raqa, a capital do EI na Síria.
Esta foi a primeira vez que as tropas de Bashar al-Assad entraram na província desde 2014.
As forças oficiais e paramilitares do governo sírio conseguiram avançar 20 km na província antes de ser expulsas pelos jihadistas após um contundente contra-ataque.
O regime perdeu mais de 40 homens no contra-ataque dos extremistas, segundo o OSDH, uma ONG com sede no Reino Unido e que tem uma ampla rede de fontes.
Na província vizinha de Aleppo, mais ao oeste, o EI, que também resiste a uma ofensiva, executou um ataque na segunda-feira para diminuir a pressão sobre seu reduto de Manbij, cercado pela aliança árabe-curda das Forças Democráticas Sírias (FDS).
Ao menos três homens-bomba do EI atacaram na terça-feira as FDS perto da cidade, de acordo com o OSDH.
O EI controla desde 2014 Manbij, ponto estratégico para o abastecimento dos extremistas entre a fronteira turca e a cidade de Raqa
Os aviões da coalizão internacional antijihadista, liderada pelos Estados Unidos, também bombardeiam as posições do EI no Iraque e na Síria.