Os confrontos entre manifestantes e as forças de segurança na parte da Caxemira administrada pela Índia deixaram 18 mortos e mais de 200 feridos, em uma onda de protestos pela morte de um jovem líder rebelde, anunciaram neste domingo (10) as autoridades.
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Os distúrbios começaram após a morte, na sexta-feira (8), de Burhan Wani, líder do grupo separatista Hizbul Mujahideen. Desde então, o governo decretou um toque de recolher e cortou as redes de internet e telefonia móvel.
Entre os mortos está um policial que se afogou depois que os manifestantes jogaram seu veículo em um rio no distrito de Sangam (sul), informou à AFP um agente que pediu anonimato.
Burhan Wani, líder do grupo islamita Hizbul Mujahideen (HM), morreu na sexta-feira ao lado de dois membros de sua organização em um tiroteio contra as forças de segurança na localidade de Kokernag (sul).
Wani, de 22 anos, entrou para a organização aos 15 anos e era considerado um herói na Caxemira.
No sábado, dezenas de milhares de pessoas compareceram ao funeral, desafiando o toque de recolher. Na cerimônia foram ouvidos gritos pela independência e muitas pessoas deram tiros para o alto em homenagem ao falecido.
A região da Caxemira está dividida entre Índia e Paquistão desde a independência dos dois países em 1947. Os dois lados reclamam a soberania.
A Caxemira é cenário de confrontos entre grupos rebeldes e forças governamentais desde 1989. Os combates deixaram dezenas de milhares de mortos.