Meio Ambiente

Estudo afirma que perda de biodiversidade ameaça os ecossistemas do planeta

Segundo os pesquisadores, as pradarias, savanas e a tundra são os ecossistemas mais afetados

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 14/07/2016 às 20:46
Foto: Luciana Macêdo
Segundo os pesquisadores, as pradarias, savanas e a tundra são os ecossistemas mais afetados - FOTO: Foto: Luciana Macêdo
Leitura:

A dimensão da perda de biodiversidade no mundo todo ameaça o funcionamento dos ecossistemas da Terra e inclusive a sobrevivência dos seres humanos, segundo um estudo publicado na quinta-feira na revista científica americana Science.

Em 58% da superfície terrestre, onde vive 71% da população mundial, "o nível de perda de biodiversidade é substancial o suficiente para questionar a capacidade dos ecossistemas de suportar as sociedades humanas", alerta o estudo.

"É a primeira vez que quantificamos os efeitos da perda de biodiversidade a nível planetário de forma tão detalhada que agora podemos dizer que esta perda ultrapassou os limites considerados seguros pelos ecologistas", explica o líder da pesquisa, Tim Newbold, da University College London.

Segundo os pesquisadores, as pradarias, savanas e a tundra são os ecossistemas mais afetados, seguidos por diferentes tipos de florestas e outras regiões selváticas.

Nestas zonas, é cada vez mais incerta a possibilidade de assegurar funções essenciais dos ecossistemas como a reprodução e crescimento de seres vivos e a manutenção de ciclos de produção de nutrientes.

"Sabemos que as perdas de biodiversidade afetam o funcionamento dos ecossistemas, mas o processo ainda não está totalmente claro", acrescentam os pesquisadores.

"O que sim sabemos é que em várias partes do mundo nos aproximamos de uma situação na qual uma intervenção humana poderia ser necessária para manter as funções do ecossistema", afirmam.

"A utilização dos solos já levou a biodiversidade até os limites do que poderia ser considerado não arriscado", ressaltou o professor Andy Purvis, do Museu de História Natural de Londres, um dos coautores do estudo.

Para o estudo, foram analisados 2,38 milhões de relatórios sobre 39.123 espécies e 18.659 lugares, dados fornecidos por centenas de pesquisadores de várias partes do mundo.

Últimas notícias