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Obesidade reduz expectativa de vida em até dez anos, diz estudo

Para aqueles com obesidade moderada, a redução pode chegar a três anos e, para pessoas acima do peso, um ano

Estadão Conteúdo
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Publicado em 15/07/2016 às 10:21
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Para aqueles com obesidade moderada, a redução pode chegar a três anos e, para pessoas acima do peso, um ano - FOTO: Foto: AFP
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Pessoas com obesidade severa podem perder até dez anos de expectativa de vida em razão dessa condição de saúde; para aqueles com obesidade moderada, a redução pode chegar a três anos e, para pessoas acima do peso, um ano. As conclusões são de um estudo publicado na revista científica The Lancet.

A pesquisa avaliou 3,9 milhões de adultos e concluiu que o sobrepeso e a obesidade estão associados a um risco maior de morte prematura. Segundo os autores, estar acima do peso também aumenta os riscos de doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, doenças respiratórias e câncer.

"Em média, pessoas acima do peso perdem um ano de sua expectativa de vida e as pessoas com obesidade moderada perdem três anos. Nós também descobrimos que homens obesos têm um risco de morte prematura muito maior que as mulheres obesas", disse a autora principal do estudo, Emanuele Di Angelantonio, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

De acordo com o estudo, de maneira geral, o risco de morte prematura - antes dos 70 anos de idade - entre as pessoas acima do peso ou obesas é três vezes maior em homens que em mulheres.

Para realizar o estudo, os pesquisadores reuniram informações sobre as causas de morte em 3,9 milhões de pessoas avaliadas em 189 estudos anteriores feitos em vários continentes. No início do estudo, todos os participantes tinham entre 20 e 90 anos, não eram fumantes e não tinham nenhum tipo de doença crônica. A análise foi feita com base nos participantes que viveram pelo menos mais cinco anos após o início da pesquisa. 

Os cientistas dividiram os participantes em categorias, de acordo com seu Índice de Massa Corporal (IMC), que é o peso da pessoa dividido pelo quadrado de altura, para comparar os números e as causas de morte de cada um dos grupos.

Segundo os cientistas, o risco de morte prematura aumentou de 19%, entre homens com peso normal, para 29,5% entre homens moderadamente obesos. Entre as mulheres, o risco aumentou de 11% para 14,6%. 

"A obesidade é a segunda principal causa de mortes prematuras, depois do cigarro, na Europa e na América do Norte. Fumar causa cerca de um quarto de todas as mortes prematuras. Mas o sobrepeso e a obesidade são a causa de uma a cada sete mortes prematuras na Europa e de uma em cada cinco na América do Norte", disse outro dos autores da pesquisa, Richard Peto, professor da Universidade de Oxford, no Reino Unido. 

Segundo os autores, uma limitação do estudo é o fato de só o IMC ter sido usado para medir a obesidade, o que não permite avaliar a distribuição da gordura no corpo humano, entre outros fatores.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,3 bilhão de adultos em todo o mundo estão acima do peso e outros 600 milhões de indivíduos são obesos. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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