Um hospital mantido pela organização Médicos Sem Fronteiras foi bombardeado na província de Hajjah, no Iêmen, num ataque que deixou mais de 15 mortos. É a quarta vez que uma instalação dos Médicos Sem Fronteiras é atacada desde que se iniciou uma guerra entre uma coalizão militar da Arábia Saudita e rebeldes Houthi do Iêmen.
Leia Também
Apesar de não ter assumido a autoria do ataque, a coalizão árabe é quem controla o espaço aéreo no país e tem conduzido ataques do tipo durante meses.
Em outubro do ano passado, uma clínica na província de Saada foi destruída por ataques aéreos e em dezembro uma outra foi bombardeada em dezembro, na cidade de Taiz. No último sábado, uma escola em Saada também foi atacada, matando 10 crianças com idades entre 8 e 15 anos. A coalizão árabe negou ter mirado na escola e disse que a intenção era bombardear um campo de treinamento Houthi.
A Arábia Saudita formou um grupo independente em janeiro para investigar os ataques errantes. No primeiro relatório publicado este mês, o grupo disse ter descoberto que o hospital do Médicos Sem Fronteiras atingido em outubro estava sendo usado pelos Houthis com propósitos militares, mas a coalizão deveria ter alertado a entidade antes do ataque.
O conflito no Iêmen começou após os Houthis - um movimento xiita iniciado no norte do país - tomarem a capital do país, Sanaa, em setembro de 2014. Depois disso, o grupo retirou o presidente Abed Rabbo Mansour Hadi do poder e o exilou.