As autoridades espanholas investigavam nesta segunda-feira (19) o caso do casal e dois filhos brasileiros que fora encontrados esquartejados no domingo (18) em uma casa a 60 km de Madri.
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Os dois meninos tinham 4 e 1 anos, segundo a Guarda Civil, que privilegia a pista de um ajuste de contas.
Os agentes não encontraram sinais de que os assassinos tenham forçado a entrada da casa da família no povoado de Pioz, província de Guadalajara.
Os investigadores calculam que os corpos se encontravam na casa há cerca de um mês.
"A entrada não foi forçada, nem qualquer tipo de janela, porta, nada", indicou o porta-voz da Guarda Civil.
"Temos a investigação sob segredo judicial, e ainda não esclarecemos as causas. Parece que foi feito por profissionais", acrescentou o porta-voz.
Apesar do sigilo sumário da investigação, as autoridades especulam sobre um possível ajuste de contas.
"Tudo indica que pode ter sido um ajuste de contas", declarou à imprensa José Julián Gregorio, delegado do governo em Castilla-La Mancha, região em que se encontra Pioz.
Segundo a imprensa espanhola, os corpos esquartejados foram achados em bolsas de plástico fechados com uma fita adesiva.
A Guarda Civil foi alertada no domingo (18) por um vizinho, que informou sobre o mau cheiro que emanava da casa, situada numa zona residencial na periferia desta localidade de menos de 4.000 habitantes.
Segundo ainda a Guarda Civil, há elementos intrigantes no crime que deverão ser investigados.
"O que está claro é que a forma com que os corpos foram achados indica uma intenção de não deixar pistas e depois se desfazer deles", afirmou Jesús García, tenente-coronel e investigador da Guarda Civil.
"Dá a impressão de que algo foi abortado em um determinado momento, porque não é lógico que os cadáveres ficassem ali, dentro de casa", acrescentou.
Vários vizinhos entrevistados na tv indicaram que a família alugava a casa e que foram pouco vistos desde que se mudaram para lá no final de julho.
A casa, que possui uma piscina, foi isolada pelas forças de segurança. Ela se encontra numa zona residencial, com vigilância 24 horas por dia.
Segundo Sandra Marín, vice-prefeita de Pioz, as pessoas estão muito preocupadas com o ocorrido, e o ambiente é desolador.
A prefeitura da localidade decretou dois dias de luta, e na terça-feira será observado um minuto de silêncio ao meio-dia.