Grande parte dos grupos rebeldes da Síria, que havia assinado um acordo de cessar-fogo nos combates, anunciou o "congelamento das conversas" de paz por "violações" da trégua por parte de tropas do governo de Bashar al-Assad.
As negociações para um acordo permanente de paz estavam programadas para essa semana em Astana, no Cazaquistão. O cessar-fogo, assinado após intermediação da Rússia, Turquia e Irã, estava em vigor desde o dia 30 de dezembro e era um primeiro passo para que as partes pudessem tentar uma via diplomática para por fim ao conflito que completará seis anos em 2017.
Segundo os rebeldes, foi "respeitado o cessar-fogo em todo o território sírio, mas o regime e seus aliados não fizeram isso, com significativas violações nas regiões de Wadi Barada e Ghouta". As informações são da agência de notícias Ansa.
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E, "mesmo com os contínuos pedidos formulados pelo garantidor do regime [a Rússia], tais violações continuaram, ameaçando a vida de centenas de milhares de pessoas", informaram em comunicado.
O regime sírio negou que não tenha respeitado o acordo e disse que os ataques ocorreram em áreas que contam com a presença de grupos terroristas, como o Jabhat Fateh al-Sham, que foram excluídos do pacto.
Observatório Sírio para os Direitos Humanos
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (Ondus) informou que combates na região noroeste de Damasco, a capital síria, continuam a ocorrer mesmo durante o cessar-fogo.
De acordo com a entidade, milícias libanesas do Hezbollah e forças do governo estão em confronto a apenas 15 quilômetros de distância do centro da cidade. Os ataques, que também ocorreram por vias aéreas, estão atingindo parte de um importante manancial de Damasco, deixando milhares de pessoas sem acesso à água potável.