EUA

Obama admite ter "subestimado" impacto de interferência russa nas eleições

Segundo o relatório, a Rússia inicialmente lançou uma campanha cibernética para minar a campanha da ex-secretária de Estado Hillary Clinton

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Publicado em 08/01/2017 às 14:18
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Segundo o relatório, a Rússia inicialmente lançou uma campanha cibernética para minar a campanha da ex-secretária de Estado Hillary Clinton - FOTO: Foto: AFP
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O presidente Barack Obama admitiu neste domingo ter subestimado o impacto que a desinformação e ciberataques podem ter nas sociedades modernas, dois dias após a divulgação de um relatório da inteligência sobre a interferência da Rússia nas eleições americanas.

Em uma entrevista à rede ABC divulgada antecipadamente, Obama negou ter subestimado o presidente russo, Vladimir Putin, a quem o relatório de inteligência aponta como o responsável por ordenar a campanha de desinformação e manipulação para ajudar na vitória de Donald Trump.

"Mas acredito que eu subestimei o grau em que, nesta era da informação, é possível com a desinformação e ciberataques ter um impacto sobre nossas sociedades, nossos sistemas abertos", disse o presidente, para quem esta tendência "está se acelerando".

Relatório

O presidente disse que ordenou a elaboração deste relatório, em parte, "para ter certeza de que entendemos que isso é algo que Putin esteve fazendo por algum tempo na Europa, especialmente em velhos países satélites, onde há muitas pessoas que falam russo, mas de forma crescente nas democracias ocidentais".

Obama mencionou as eleições que se aproximam nos países europeus e "nós temos que prestar atenção" para a possibilidade de interferência.

Segundo o relatório, a Rússia inicialmente lançou uma campanha cibernética para minar a campanha da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, mas mais tarde passou a apoiar Trump uma vez que a vitória do empresário tornou-se uma possibilidade real.

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