A Alemanha reforçará as medidas de vigilância e controle de pessoas potencialmente perigosas, incluindo a obrigação de usar tornozeleira eletrônica e aceleração da expulsão dos demandantes de asilo que forem recusados, informaram os ministros do Interior e da Justiça nesta terça-feira.
Ao anunciar medidas para reforçar a segurança, depois do atentado de dezembro contra uma feira de Natal em Berlim que deixou 12 mortos, o governo afirmou que reduzirá a ajuda aos países que se recusarem a receber de volta seus cidadãos cujo pedido de asilo à Alemanha tenha sido recusado.
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"Queremos fazer todo o possível para que o caso (do tunisiano Anis) Amri não se repita", disse em coletiva de imprensa o ministro da Justiça, Heiko Maas, fazendo referência ao autor do atentado de Berlim cujo pedido de asilo havia sido recusado em junho de 2016.
Com estas medidas e outras que estão em preparação "queremos aumentar o nível de segurança e mandar uma mensagem clara a nossos concidadãos", declarou o ministro do Interior, Thomas de Mazière.
Entre as medidas estão o uso de tornozeleira eletrônica que indicam a localização, e que poderiam ter seu uso obrigatório em pessoas potencialmente perigosas, em especial para os que forem libertados após uma condenação por terrorismo. As colocações sob custódia de estrangeiros considerados perigosos e de demandantes de asilo recusados se tornarão sistemáticas enquanto tramita a expulsão.
Anis Amri, considerado o autor do ataque de Berlim, conseguiu evitar sua expulsão porque a Tunísia negou que ele fosse um cidadão tunisiano, pois havia utilizado 14 identidades diferentes desde o verão de 2015.
Em resposta a essa tática, os estrangeiros que forem descobertos usando identidades diferentes serão colocados em residência controlada em um território delimitado até que se tenha a resposta sobre o pedido de asilo.
De acordo com a Inteligência alemã, 548 islamitas que vivem ou viveram na Alemanha são atualmente um risco para a segurança pública.