Violência sexual

Policiais são acusados de estuprar pelo menos 16 mulheres na Índia

Segundo o Washington Post, outras 20 mulheres podem ter sido vítimas dos policiais. Caso ainda está sob investigação

JC Online
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Publicado em 11/01/2017 às 19:40
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Segundo o Washington Post, outras 20 mulheres podem ter sido vítimas dos policiais. Caso ainda está sob investigação - FOTO: Foto: AFP
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A Comissão Nacional de Direitos Humanos da Índia afirmou, no último domingo (8), que a polícia do País é acusada de estuprar ao menos 16 mulheres de várias aldeias do distrito de Bijapur, no Estado de Chhattisgarh. A informação foi publicada no início da semana pelo jornal americano The Washinton Post, que ainda afirmou que os crimes teriam ocorrido em outubro de 2015, durante uma operação contra rebeldes maoístas ocorrida no local. Outras 20 mulheres podem ter sido vítimas dos policiais.

Conforme informações repassadas pelo órgão de controle dos direitos humanos indiano, as mulheres foram "vítimas de estupro, além de agressões físicas e psicológicas". As investigações ainda estão em curso. "À primeira vista, os direitos humanos das vítimas foram brutalmente violados pelo pessoal de segurança do governo de Chhattisgarh, pelo qual o governo estadual é responsável", disse a comissão do governo em sua declaração, segundo o periódico norte-americano.

As investigações foram iniciadas depois que um jornal da Índia publicou a notícia de que mais de 40 mulheres de cinco vilas de Bijapur haviam sido estupradas por policiais do País. Na matéria, também há relatos de que pertences de aldeões foram destruídos ou roubados pelas forças que passaram pelas vilas. A polícia até começou a apurar as denúncias, mas ninguém foi preso.

Pedido de investigação

Sem respostas, Kishore Narayan, advogado de 14 vítimas, apresentou uma petição no Tribunal Superior de Chhattisgarh exigindo uma investigação por uma equipe especial da polícia fora do Estado. O grupo Mulheres contra a Violência Sexual e a Repressão do Estado disse acreditar que os casos apresentados são apenas "a ponta do iceberg" e que relatos de violência sexual por forças de segurança se multiplicam nas aldeias onde operações de busca foram realizadas.

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