O herdeiro do grupo sul-coreano Samsung, Lee Jae-Yong, foi interrogado nesta quinta-feira no caso de corrupção que provocou a destituição da presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye.
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Lee, vice-presidente da Samsung Electronics, filho do presidente do grupo Samsung, Lee Kun-Hee, e neto de seu fundador, é suspeito de suborno e perjúrio e foi ouvido pela equipe de investigadores independentes encarregada do caso, informou a agência sul-coreana Yonhap.
"Sinto muito por ter provocado preocupações à população com este incidente", declarou o herdeiro da Samsung ao chegar para o interrogatório, onde era esperado por dezenas de manifestantes e jornalistas.
"Prendam Lee imediatamente", gritavam os manifestantes.
Segundo a Yonhap, que cita um investigador não identificado, a probabilidade de que a comissão independente peça à Justiça um mandado de prisão contra Lee é "elevada".
Caso gira em torno da presidente da Coreia do Sul
Este caso de corrupção, que provocou uma importante crise política na Coreia do Sul, gira em torno da influência exercida por Choi Soon-Sil, de 40 anos e amiga da presidente Park.
Choi está sendo julgada atualmente por ter utilizado sua relação com Park para embolsar enormes quantias de dinheiro de grandes conglomerados sul-coreanos, que pagaram milhões de dólares a fundações privadas criadas por ela.
Primeiro conglomerado industrial do país, a Samsung foi o grupo mais generoso: doou 20 bilhões de wons (17 milhões de dólares) às fundações de Choi. É seguida por empresas como Hyundai, SK, LG e Lotte.
Nas últimas semanas, os investigadores interrogaram em várias ocasiões os dirigentes da Samsung e realizaram buscas nos locais da companhia.