NEVE

Sobrevivente de avalanche na Itália chora desesperado por sua família

Giampiero Parete estava com sua família no hotel de luxo Rigopiano, que foi atingido por uma avalanche na noite da quarta-feira (18)

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Publicado em 19/01/2017 às 12:06
Foto: HANDOUT / GUARDIA DI FINANZA PRESS OFFICE / AFP
Giampiero Parete estava com sua família no hotel de luxo Rigopiano, que foi atingido por uma avalanche na noite da quarta-feira (18) - FOTO: Foto: HANDOUT / GUARDIA DI FINANZA PRESS OFFICE / AFP
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Giampiero Parete, um dos sobreviventes da avalanche que se abateu na noite de quarta-feira (18) sobre Farindola, chora por sua família, soterrada no hotel de luxo Rigopiano, no maciço central do Gran Sasso, na Itália.

"Chora, chora desesperado, está preocupado por seus filhos, de 6 e 8 anos, e por sua esposa, Adriana", contou Quintino Marcella, restaurador, com quem Parete, de 38 anos, trabalhou durante anos.

"Giampiero me telefonou ontem à noite às 17h40 pedindo ajuda com um tom desesperado. Disse-me 'o hotel desabou'. Agi imediatamente, telefonei para os socorristas", indicou Marcella à agência de notícias Agi, depois de permanecer em contato com seu amigo até cerca de meia-noite.

Parete, junto com Fabio Salzetta, estava fora do hotel na Itália no momento da avalanche de neve e os dois se refugiaram dentro de um automóvel, que também foi arrastado pela força da neve.

Os dois enviaram mensagens pedindo ajuda com seus telefones alertando sobre a avalanche, assim como outros clientes do hotel.

"Telefonou esta manhã para me avisar que o levaram de helicóptero a Pescara. Está bem, embora muito abalado, não para de chorar", disse Marcella.

"Ajuda, ajuda, estamos morrendo de frio", dizia uma das mensagens enviadas durante a noite ao serviço de emergência.

Avalanche pode ter sido causada por terremotos na Itália

A avalanche causada possivelmente pela série de terremotos registrados na véspera nesta região deixou muitos mortos.

No momento do acidente havia 30 pessoas dentro do hotel, entre eles 22 hóspedes, vários deles crianças, além dos funcionários.

As equipes de resgate, que tiveram muita dificuldade para chegar ao local devido às fortes nevascas e rajadas de vento, caminharam durante muitas horas.

Por volta do meio-dia desta quinta-feira haviam recuperado um cadáver, retirado dos escombros, onde não parecia haver nenhum sinal de vida, segundo os socorristas citados pelos meios de comunicação.

Em um tuíte, o jornalista do jornal La Repubblica Corrado Zunino conta que os socorristas estão utilizando cachorros nas buscas no interior do hotel.

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