Uma mulher da Indonésia suspeita no ataque que matou o meio irmão do ditador norte-coreano Kim Jong Un afirmou que recebeu US$ 90 (aproximadamente R$ 280) para participar daquilo que ela achava ser uma "pegadinha". A informação foi dada por autoridades da Indonésia neste sábado.
A mulher, chamada Siti Aisyah, disse ainda a autoridades que não queria que seus familiares a visitassem enquanto estivesse em custódia. O depoimento foi dado um dia depois de que autoridades da Malásia revelaram que o agente nervoso VX foi usado no assassinato no aeroporto de Kuala Lumpur.
Evento planejado
O assassinato de Kim Jong Nam, que ocorreu no dia 13 de fevereiro em meio a multidões de viajantes no aeroporto, parece ter sido um evento altamente planejado. Kim morreu horas depois do ataque, após duas mulheres terem se aproximado dele e aparentemente terem espalhado algo em seu rosto.
Aisyah, de 25 anos, já havia dito anteriormente que havia sido enganada para promover o ataque. A polícia da Malásia, porém, diz que ela e a outra suspeita, uma vietnamita, sabiam o que estavam fazendo.
A revelação de que o agente VX foi usado na morte de Kim elevou a especulação de que a Coreia do Norte poderia ter enviado pessoas à Malásia para realizar o ataque.
O veneno, grosso e oleoso, provavelmente foi produzido em um sofisticado laboratório, segundo especialistas, e é banido de acordo com tratados internacionais. A Coreia do Norte nunca assinou o tratado.