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Escassez de água deve afetar 660 milhões de crianças até 2040, diz Unicef

Mais de 800 crianças com menos de cinco anos morrem diariamente de diarreia porque não têm acesso à água potável, saneamento básico e condições adequadas de higiene, diz Unicef

Agência Brasil
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Publicado em 22/03/2017 às 13:34
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Mais de 800 crianças com menos de cinco anos morrem diariamente de diarreia porque não têm acesso à água potável, saneamento básico e condições adequadas de higiene, diz Unicef - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alertou hoje (22) que 660 milhões de crianças vão viver em regiões com escassez de água até 2040. O relatório "Sede do Futuro: Água e Crianças num Clima em Mudança" foi lançado esta quarta-feira para marcar o Dia Mundial da Água, este 22 de março. As informações são da ONU News.

O documento analisa as ameaças à vida e ao bem-estar das crianças causadas pelo esgotamento das fontes de água potável e a forma como as mudanças climáticas vão intensificar esses riscos no futuro. O relatório afirma ainda que atualmente mais de 660 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a recursos hídricos adequados e quase 1 milhão fazem suas necessidades a céu aberto.


Mais de 800 crianças com menos de cinco anos morrem diariamente de diarreia porque não têm acesso à água potável, saneamento básico e condições adequadas de higiene. Segundo os especialistas do Unicef, mulheres e meninas gastam 200 milhões de horas carregando baldes de água todos os dias no mundo inteiro.

Impactos

O relatório diz ainda que o impacto das mudanças climáticas pode ser evitado e faz uma série de recomendações. Entre elas, pede que os governos planejem as alterações na disponibilidade e demanda de água pelos próximos anos.

É preciso, acima de tudo, diz o documento, dar prioridade ao acesso de crianças consideradas mais vulneráveis à água potável. As ameaças climáticas devem ser integradas em todas as políticas de serviços relacionados com água e saneamento.

Para o Unicef, os investimentos devem ter como prioridade as populações de alto risco. As indústrias têm de trabalhar com as comunidades locais para prevenir contaminação e as comunidades devem explorar maneiras de diversificar as fontes de água e aumentar a capacidade de armazenamento.

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