ATAQUE

Londres anuncia sete detenções após atentado e revisa número de mortos

A polícia britânica reduziu para três o número de mortos no ataque dessa quarta-feira (22)

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Publicado em 23/03/2017 às 6:57
Foto: JUSTIN TALLIS / AFP
A polícia britânica reduziu para três o número de mortos no ataque dessa quarta-feira (22) - FOTO: Foto: JUSTIN TALLIS / AFP
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Sete pessoas foram detidas em seis residências na Grã-Bretanha no âmbito da investigação do atentado de quarta-feira em Londres, anunciou nesta quinta-feira (23) a polícia britânica, que reduziu para três o número de mortos no ataque.

As investigações acontecem em Londres, Birmingham e outros pontos do país, afirmou em uma entrevista coletiva Mark Rowley, comandante da unidade antiterrorista da Scotland Yard.

Rowley não identificou o agressor, morto, nem duas das três vítimas fatais. Ele disse apenas que eram uma mulher com idade por volta dos 40 anos e um homem com idade por volta de 50.

De acordo com o jornal espanhol La Voz de Galicia, uma espanhola de 43 anos, professora que trabalhava em Londres e que também tinha nacionalidade britânica, é uma das vítimas fatais.

Até o momento apenas a identidade do policial morto a facadas nas proximidades do Parlamento foi confirmada, o agente Keith Palmer, de 48 anos.

O ataque também deixou 40 feridos.

"Nós realizamos sete detenções em seis domicílios diferentes em Birmingham, Londres e no restante do país", disse Rowley.

A imprensa britânica já havia informado algumas horas antes sobre uma grande operação policial em Birmingham, que teria resultado em várias detenções.

Esta cidade do centro da Inglaterra possui uma das maiores comunidades islâmicas do país.

Mohamed Abrini, um dos autores dos atentados de Bruxelas e Paris, morou em Birmingham.

A polícia privilegia a pista do "terrorismo islamita", no atentado, em que um homem de barbudo e vestido com roupa preta avançou com seu automóvel e atropelou vários pedestres na calçada da ponte de Westminster, diante do Big Ben, e depois esfaqueou um policial que impediu sua entrada na sede do Parlamento, antes de ser morto pelos tiros da polícia.

Até o momento, nenhum grupo reivindicou o atentado.

Parlamento volta ao trabalho 

Este foi o ataque mais violento no Reino Unido desde os atentados suicidas de 7 de julho de 2005 em Londres, que deixaram 56 mortos, incluindo os quatro homens-bomba.

O Parlamento retomará os trabalhos nesta quinta-feira com homenagens às vítimas do atentado que a primeira-ministra Theresa May chamou de "doentio e perverso".

"O cenário do atentado não foi uma coincidência. O agressor escolheu atingir o coração da nossa capital, onde pessoas de todas as nacionalidades, religiões e culturas se reúnem para celebrar os valores da liberdade, democracia e liberdade de expressão", afirmou.

"Jamais nos renderemos ao terror. Nunca permitiremos que as vozes do ódio e do mal nos dividam", garantiu May após uma reunião do gabinete de segurança.

A área de Westminster, com o Big Ben, a sede do Parlamento e a maioria de ministérios e prédios do governo, é muito procurada por turistas, além do elevado número de funcionários.

O perímetro ao redor do Parlamento permanece, no entanto, isolado e a estação de metrô de Westminster fechada ao público.

A ponte de Westminster, onde os investigadores continuam trabalhando, também está fechada ao público.

O aumento da presença policial na cidade era visível e as manchetes de todos os jornais eram dominadas pelo atentado, chamado na maioria dos casos de "ataque à democracia".

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