Milhares de pessoas foram retiradas de suas casas na região norte da Austrália ante a chegada do ciclone Debbie, o mais violento a atingir a área em mais de cinco anos.
O ciclone deve tocar a terra no estado de Queensland na manhã de terça-feira (28), de acordo com a meteorologia.
Os habitantes foram informados sobre os riscos da tempestade, a mais violenta desde o ciclone Yasi em 2011, que destruiu várias casas no norte de Queensland.
"Será um ciclone muito forte", afirmou a primeira-ministra de Queensland, Annastacia Palaszczuk.
"As rajadas de vento serão muito fortes e minha principal preocupação é que as famílias estejam em segurança", completou.
Evacuação
Um total de 3.500 pessoas foram retiradas de cidades como Home Hill e Proserpine, 100 km ao sul da cidade turística de Townsville, ponto de partida de excursões para a Grande Barreira de Coral.
Mais de 100 escolas foram fechadas e outras 2.000 pessoas devem abandonar a região.
As autoridades também pediram aos moradores de áreas ao nível do mar em Mackay que sigam para zonas mais elevadas, já que o ciclone pode elevar a maré em até 2,5 metros.
No momento, Debbie é um ciclone de categoria 3, mas deve alcançar categoria 4 ao tocar a terra, em algum ponto entre Townsville e Prosperine, com rajadas de até 280 km/h perto do centro, de acordo com a meteorologia.
"A maré ciclônica também é um fator de risco. Se o ciclone cruzar a costa com maré alta, isto acentuará os efeitos", explicaram especialistas.
O governo local pediu à população que siga todas as instruções. A imprensa citou centenas de casos de pessoas que se recusam a deixar suas casas.
"Se receberam uma ordem oficial de evacuação, você e sua família devem sair imediatamente", afirmou o primeiro-ministro Malcolm Turnbull.
O governo federal garantiu que está preparado para oferecer assistência imediata, com um navio de emergência fretado de Sydney, além de helicópteros e aviões.
"Estamos preparados e teremos a capacidade de responder a esta emergência, ajudando as autoridades civis e os moradores do nordeste de Queensland assim que conhecermos o impacto total de Debbie", disse o comandante da Força Aérea de Defesa, Marshal Mark Binskin.