Argentina

Macri enfrenta sua primeira greve geral na Argentina

A paralisação de 24 horas coincide com a celebração, em Buenos Aires, do primeiro Fórum Econômico Mundial dedicado à América Latina

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Publicado em 06/04/2017 às 8:51
Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
A paralisação de 24 horas coincide com a celebração, em Buenos Aires, do primeiro Fórum Econômico Mundial dedicado à América Latina - FOTO: Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
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O presidente argentino, Mauricio Macri, enfrenta nesta quinta-feira (6) a primeira greve geral desde que assumiu o poder, há 16 meses, declarada por três centrais de trabalhadores, que exigem a mudança do modelo econômico do atual governo.

A paralisação de 24 horas coincide com a celebração, em Buenos Aires, do primeiro Fórum Econômico Mundial dedicado à América Latina (WEF AmLat), que reúne políticos, banqueiros e empresários no exclusivo bairro de Puerto Madero, sob severas medidas de segurança.

Greve

A greve já afeta as operações nos aeroportos, onde foram cancelados centenas de voos, o transporte público e a indústria, e deve paralisar bancos e escolas.

Organizações sociais e grupos de esquerda prometem fechar os acessos a Buenos Aires nas primeiras horas da manhã, e realizar diversas passeatas até o centro da cidade.

"Acredito que as paralisações são uma antiga ferramenta, agora com um governo aberto ao diálogo", declarou a vice-presidente, Gabriela Michetti, ao canal de notícias TN, minutos após o início da greve. 

"É uma medida extrema que custa bilhões de dólares ao país", lamentou Michetti.

A Argentina, cuja economia recuou 2,3% no primeiro ano do governo Macri, experimentou em janeiro uma leve recuperação, mas a pobreza já atinge 32,9% da população e a produção industrial segue há 13 meses em queda.

A inflação, que segundo analistas chegou a 40% em 2016, evaporou o poder aquisitivo e o consumo interno segue caindo há 13 meses.

Estimativas privadas situam a inflação para 2017 em 21%, enquanto o governo insiste que será de 17% e busca impor seu índice aos reajustes salariais, enquanto os sindicatos exigem uma recomposição em  negociações livres com as empresas.

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