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ONU alerta para risco de elevado número de mortes pela fome na África

Em 2011, a fome provocou mais de 260.000 mortes no Chifre da África

JC Online
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Publicado em 11/04/2017 às 7:54
Albert Gonzales Farran/AFP
Em 2011, a fome provocou mais de 260.000 mortes no Chifre da África - FOTO: Albert Gonzales Farran/AFP
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A fome pode provocar um elevado número de mortes na região do Chifre da África, Iêmen e Nigéria, advertiu nesta terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

"O risco de mortes em massa provocadas pela fome na população do 'Chifre da África', do Iêmen e da Nigéria cresce", declarou o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, em Genebra.

A ONU teme uma situação pior que a da fome de 2011, que provocou mais de 260.000 mortes no Chifre da África.

A situação atual é o resultado de múltiplos fatores: seca, falta de fundos e os conflitos, que provocam deslocamentos em massa, explicou Edwards.

O porta-voz lamentou o fato de esta crise parecer quase "inevitável", mas disse que poderia ter sido evitada.

Somália, Sudão do Sul, Iêmen e Nigéria são afetados por uma grave seca e, além disso, são vítimas da violência ou de conflitos armados. A ONU pediu à comunidade internacional 4,4 bilhões de dólares para enfrentar a fome que ameaça estes países.

A ONU recebeu até o momento 21% deste valor, ou seja, 984 milhões de dólares, indicou um porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jens Laerke.

No Sudão do Sul, quase 100.000 pessoas têm que enfrentar a fome atualmente, mas quase um milhão de pessoas estão à beira da fome, segundo o ACNUR.

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