Estados Unidos

Secretário de imprensa de Trump comete gafe com referência a Hitler

O comentário, que sugeria que Adolf Hitler não usou armas químicas, gerou revolta

AFP
Cadastrado por
AFP
Publicado em 11/04/2017 às 18:50
Foto: Mandel Ngan / AFP
O comentário, que sugeria que Adolf Hitler não usou armas químicas, gerou revolta - FOTO: Foto: Mandel Ngan / AFP
Leitura:

O secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, cometeu uma gafe nesta terça-feira (11) quando pareceu, pelo menos momentaneamente, se esquecer do Holocausto, sugerindo que Adolf Hitler não usou armas químicas. Ao falar do ataque químico na Síria, pelo qual os Estados Unidos culpam o presidente Bashar al-Assad, o porta-voz do presidente Donald Trump disse: "alguém tão desprezível como Hitler nem sequer foi tão baixo [a ponto de] usar armas químicas".

Seu comentário, no primeiro dia de comemorações da Páscoa judaica, surpreendeu a imprensa, que deu a Spicer a oportunidade de esclarecer sua fala quando os jornalistas gritaram: "e o Holocausto?". "Sobre o gás sarin, ele não usou gás contra seu próprio povo da mesma forma que Assad [...] Hitler usou nos centros do Holocausto, eu entendo, mas estou falando da maneira como Assad utilizou, deixando cair sobre pessoas inocentes no meio das cidades. Obrigado pelo esclarecimento, mas esta não era a intenção", disse Spicer, voltando ao assunto.

Em um novo esclarecimento por escrito, Spicer disse que "de nenhuma forma tentei diminuir a natureza horrenda do Holocausto". "Tentava fazer uma distinção entre a tática de usar aviões para lançar armas químicas na população no meio das cidades. Qualquer ataque contra pessoas inocentes é censurável e imperdoável", acrescentou.

Reações

O Centro Anne Frank nos Estados Unidos pediu imediatamente ao presidente Trump que demita o seu porta-voz, recordando que a Páscoa judaica acabava de começar. "Nada menos do que durante a Páscoa judaica, Sean Spicer nega o Holocausto, a forma mais repugnante possível de notícias falsas, negando que Hitler tenha utilizado gás contra milhões de judeus", disse Steven Goldstein, diretor do centro.

Últimas notícias