A Rússia vetou nesta quarta-feira (12) o projeto de resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que pedia uma investigação sobre o ataque químico na Síria que matou mais de 80 pessoas na semana passada. O texto, que condena o ataque e pressiona o governo sírio a colaborar com as investigações, foi apresentado por Estados Unidos, França e Reino Unido.
O texto recebeu 10 votos a favor, 3 abstenções (China, Etiópia e Cazaquistão) e 2 votos contrários, o da Bolívia e da Rússia, que, como membro permanente do conselho, usou de sua prerrogativa de veto. O governo russo é um antigo aliado do presidente Bashar Al Assad, na Síria.
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Após o ataque dos Estados Unidos a uma base síria, justificado pelo ataque químico, a Rússia saiu em defesa do governo sírio e disse que tal ataque não havia sido ordenado pela Síria. A Rússia atribuiu o ataque a um dos grupos radicais que atuam contra Al Assad.
Representantes de países que eram favoráveis à investigação, e apoiam os Estados Unidos, criticaram a postura da Rússia de impedir que os fatos sejam investigados. O Pentágono sustenta que o ataque com armas químicas foi ordenado pelo governo sírio.
No Conselho de Segurança, a Rússia acusou os Estados Unidos e seus aliados de apoiarem grupos terroristas que planejam destituir Bashar Al Assad.
O veto de hoje é oitavo da Rússia relacionado a temas sobre o conflito na Síria.