A promotoria da Coreia do Sul acusou nesta segunda-feira (17) oficialmente a ex-presidente Park Geun-hye por delitos relacionados a um esquema de corrupção, pelos quais pode ser condenada a um mínimo de dez anos de prisão e, inclusive, à prisão perpétua. A informação é da Agência EFE.
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Entre as acusações apresentadas contra ela estão a de suborno, abuso de poder, coação e vazamento de segredos oficiais, informou a agência Yonhap.
Park, que perdeu a imunidade presidencial após ser destituída em 10 de março, está em prisão preventiva há quase 20 dias por causa de seu papel na rede criada junto com a amiga Choi Soon-sil (conhecida como "Rasputina", por causa de sua proximidade com a ex-governante), que supostamente extorquiu de grandes empresas cerca de U$ 70 milhões.
A promotoria acusou também o presidente do Grupo Lotte, Shin Dong-bin, por garantir supostamente à rede cerca de 7 bilhões de wons (cerca de US$ 6,15 milhões) e anunciou que não apresentará denúncia contra o presidente do Grupo SK, Chey Tae-won, que aparentemente se negou a colaborar com o esquema.
O caso "Rasputina" atingiu os "chaebol" (os grandes grupos empresariais sul-coreanos), entre eles o maior do país, a Samsung, cujo presidente, Lee Jae-yong, foi preso preventivamente em fevereiro e está sendo julgado.
Eleições presidenciais antecipadas
A acusação oficial contra a ex-presidente Park, que defendeu sua inocência em todos os interrogatórios, coincide com o início hoje da campanha para as eleições presidenciais antecipadas, marcadas para o dia 9 de maio.