O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, chega a Tóquio nesta terça-feira, após visitar a Coreia do Sul, em um momento de crescente preocupação com o programa nuclear de Pyongyang.
O ponto alto da visita será o encontro com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e a questão do regime de Kim Jong-Un estará necessariamente na agenda após os testes de mísseis da Coreia do Norte em direção ao arquipélago japonês.
Apesar das pressões internacionais, a Coreia do Norte tentou no domingo sem êxito lançar um novo míssil e teme-se que o país esteja se preparando para realizar um sexto teste nuclear.
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A Coreia do Norte poderia se antecipar a um ataque americano atingindo a Coreia do Sul ou o Japão, o que faz com que Tóquio e Seul olhem com preocupação a elevação do tom da administração de Donald Trump, cada vez mais belicoso.
Durante visita à zona desmilitarizada na tensa fronteira que separa o Norte e o Sul da Coreia, Pence recordou os recentes ataques dos Estados Unidos a uma base aérea síria e a jihadistas no Afeganistão.
"Nestas duas últimas semanas, o mundo foi testemunha da força e da determinação de nosso novo presidente durante operações realizadas na Síria e no Afeganistão", declarou sobre o bombardeio americano contra uma base aérea do regime sírio e o lançamento de uma superbomba contra extremistas no Afeganistão.
"A Coreia do Norte faria melhor em não colocar à prova sua determinação, ou a potência das forças armadas dos Estados Unidos nesta região", acrescentou Pence.
Programa nuclear
Os EUA já advertiram que não permitirão que a Coreia do Norte desenvolva mísseis balísticos intercontinentais capazes de transportar ogivas nucleares até o oeste dos Estados Unidos.
Tóquio pretende que a Casa Branca se concentre em pressionar a China - único aliado que resta a Pyongyang - para que o regime norte-coreano volte à mesa de negociações sobre seu programa nuclear, abandonadas em 2009.
"Com uma coordenação estreita espero que possamos pedir com firmeza à Coreia do Norte que se abstenha destas ações provocadoras e que se apegue às resoluções do Conselho de Segurança da ONU", disse o porta-voz do governo japonês Yoshihide Suga.