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EUA: democrata lidera disputa na Geórgia, mas votação terá 2º turno

Jon Ossoff quase conquistou vitória absoluta em uma eleição para o Congresso Americano no estado da Geórgia

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Publicado em 19/04/2017 às 16:56
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Jon Ossoff quase conquistou vitória absoluta em uma eleição para o Congresso Americano no estado da Geórgia - FOTO: Eric Baradat/AFP
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Um candidato democrata quase conquistou nessa terça-feira (18), nos EUA, uma vitória absoluta em uma eleição para o Congresso americano no estado da Geórgia, mas a votação irá para o segundo turno, no que seria um teste de resistência ao presidente Donald Trump.

O democrata Jon Ossoff, 30 anos, terminou em primeiro, com 48,1% dos votos, vencendo 17 outros candidatos no sexto distrito da Geórgia, tradicionalmente conservador, mas não conseguiu superar a barreira de 50% para vencer no primeiro turno.

Sua adversária para o segundo turno, a ser realizado em 20 de junho, será a republicana Karen Handel, ex-secretária de Estado da Geórgia, que recebeu apenas 19,8% dos votos.

Mas vencer no segundo turno será um desafio para Ossoff, já que Handel certamente será beneficiada pela união de seu partido ao redor de apenas uma candidatura em um distrito conservador.

Donald Trump voltou a expressar nesta quarta-feira (19) o seu apoio à republicana, para quem telefonou para felicitar.

"Agora é Hollywood contra a Geórgia em 20 de junho", escreveu no Twitter, em uma clara referência às celebridades que apoiam o democrata.

Republicana 'confiante'

Jon Ossoff, que na terça-feira disse visar "uma vitória definitiva", reconheceu que uma "eleição parcial é sempre especial. É difícil prever o resultado".

No entanto, disse a seus fervorosos eleitores que ele e os democratas "superaram as expectativas" com o resultado.

"Não há dúvida de que isto já é uma vitória. Estaremos prontos para disputar e vencer em junho", afirmou.

Desde 1978, nenhum democrata foi eleito nesta circunscrição de uma periferia branca, relativamente rica e conservadora de Atlanta. 

Os democratas esperavam que Ossoff conseguisse capitalizar o baixo índice de popularidade de Trump e transformar esta eleição em um teste dos primeiros 100 dias da presidência do republicano.

A eleição em apenas um distrito chamou a atenção do país. Os democratas sonhavam em provocar um forte sentimento de vergonha em Trump e iniciar uma revolução política, com o objetivo de retomar o controle da Câmara de Representantes nas eleições de meio de mandato de 2018.

A ameaça política representada por Ossoff incomodou Trump, que gravou uma mensagem para pedir aos republicanos que votassem para bloquear os democratas.

Na madrugada desta quarta-feira (19), Trump voltou a se envolver e clamou vitória.

"Apesar de muito dinheiro de fora, do apoio da mídia FALSA e de 11 candidatos republicanos, o Partido Republicano vence com o segundo turno na Geórgia. Feliz por ajudar", escreveu Trump no Twitter, acrescentando "o democrata Jon Ossoff seria um desastre no Congresso".

Vários líderes democratas e celebridades apoiaram publicamente o candidato Ossoff.

"Lembrem-se da última vez em que as pessoas não foram votar. Nós acabamos com Trump", declarou o ator Samuel Lee Jackson m um spot de rádio.

As estatísticas refletem o engajamento para esta votação: é a décima primeira eleição mais cara da história da Câmara dos Deputados, de acordo com a organização especializada em financiamento eleitoral Center for Responsive Politics.

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