Atualizada às 20h37
O presidente da França, François Hollande, realizou um pronunciamento após o tiroteio na Avenida Champs-Élysée, em Paris, deixar um policial morto e outros dois feridos no início da noite desta quinta-feira (20). De acordo com Hollande, as "as pistas indicam que o atentado possui natureza terrorista" e que "a brigada antiterrorista já foi convocada" para realizar inspeções no local.
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Hollande ainda prestou condolências para os parentes das vítimas. "Meus pensamentos estão com a família do policial morto e com os parentes dos feridos. Um tributo nacional será realizado para honrar essas vítimas", afirmou o presidente francês.
Antes do pronunciamento, François Hollande convocou uma reunião de emergência com o primeiro-ministro da França, Bernard Cazeneuve, e ministro do Interior, Matthias Fekl, para tratar sobre questões de segurança no país. Uma reunião do Conselho de Defesa foi convocada para às 8h da manhã desta sexta-feira (21) para discutir novas ações de segurança no país.
Atos de campanha cancelados
No começo da semana, as autoridades francesas anunciaram ter frustrado um atentado com a detenção na terça-feira de dois homens que tinham o projeto de lançar um atentado "nos próximos dias em solo francês".
Clément Baur, de 23 anos, e Mahiedine Merabet, de 29, foram detidos em frente a um departamento na cidade de Marselha (sudeste), onde a polícia encontrou armas e três quilos de explosivos caseiros.
Os candidatos tinham sido alertados sobre a ameaça e as fotografias dos dois suspeitos foram distribuídas a seus serviços de segurança.
O ataque desta quinta-feira ocorreu enquanto os onze candidatos à Presidência eram entrevistados na televisão, na reta final desta campanha muito disputada.
Segundo as pesquisas de opinião, quatro candidatos têm possibilidades de passar para o segundo turno, que será realizado em 7 de maio: a candidata da ultradireita Marine Le Pen, o centrista Emmanuel Macron, o conservador François Fillon e o esquerdista Jean-Luc Mélenchon.
Marine Le Pen e François Fillon anunciaram nesta quinta o cancelamento de seus atos de campanha previstos para sexta-feira.
"A ameaça será parte do nosso cotidiano nos próximos anos", declarou Macron, que expressou sua solidariedade com a família do policial morto.
Marine Le Pen reiterou que se chegar ao poder será firme diante do risco terrorista.
Polícia recomenda que população evite o local
De acordo com o Ministério do Interior da França, o atirador saiu de um veículo e deliberadamente mirou em policiais que faziam a guarda na região da avenida Champs-Elysées, na capital francesa. Todo o bairro que circunda a avenida foi revistado, mas a polícia recomenda que a população evite o local.
A região foi interditado pela polícia a orientação é que turistas voltem a seus hotéis. As estações de metrô na área foram fechadas.