Itália e Alemanha desmantelaram uma célula "radicalizada" de onze membros, alguns deles em contato com Anis Amri, o suposto autor do atentado contra o mercado de Natal em Berlim, anunciou nesta sexta-feira (28) a polícia italiana.
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Os investigadores identificaram com sucesso a "célula salafista", formada por um grupo de pessoas heterogêneas, algumas residentes na Alemanha, com entre 20 e 30 anos, e uma com um percurso semelhante para chegar à radicalização, explicou a polícia em um comunicado.
A operação começou após a prisão no início de dezembro na Itália de Lutumba Nkanga e Soufiane Amri, um congolês e um marroquino, que estavam "prontos para realizar atos violentos", aponta a nota.
As autoridades consideram que os dois homens fazem parte da "organização terrorista internacional" Estado Islâmico (EI) e que se dedicavam a "atividades de financiamento", como a coleta de dinheiro na Alemanha.
Os dois foram presos no início de dezembro durante um controle de identidade de rotina.
Amri, que estava prestes a partir para a Síria através da Grécia e Turquia, já havia sido fichado pela Alemanha como "potencialmente perigoso".
O jovem marroquino foi deportado para a Alemanha, enquanto o congolês, que não tinha autorização de residência, foi enviado para um centro de detenção.
Os investigadores italianos estabeleceram que o suposto autor do atentado de Berlim, Anis Amri, mantinha contato com Soufiane e outros membros do grupo de detidos na Alemanha.
Expulsão de suspeitos
O ministério do Interior italiano também anunciou a expulsão de dois outros homens suspeitos de simpatizar com terroristas, um tunisiano, que atuava em meios de comunicação do extremismo islâmico, e um egípcio que havia elogiado o atentado de Berlim em dezembro.
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No ataque ao mercado de Natal, realizado com um caminhão, 12 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
A Itália expulsou 38 pessoas simpatizantes com o terrorismo desde o início do ano, segundo o ministério.