O presidente Donald Trump deu um passo incomum nesta terça-feira (2) ao defender a paralisação forçada (o "shutdown") do governo federal, depois que congressistas republicanos e democratas ignoraram as demandas da Casa Branca para chegar a um acordo no orçamento.
Depois de uma contundente batalha na qual os companheiros republicanos de Trump abandonaram muitas de suas promessas eleitorais, o presidente atacou, dizendo que talvez o governo não deveria ser financiado em absoluto.
Os aliados de Trump no Congresso chegaram a um acordo com os democratas para financiar o governo até setembro, ao menos adiando a construção de um muro fronteiriço com o México e outras prioridades do presidente.
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"Nosso país precisa de uma boa paralisação em setembro para resolver esta bagunça", tuitou Trump.
No passado, as paralisações do governo custaram à economia americana bilhões de dólares e interromperam os serviços governamentais, já que funcionários não essenciais são temporarialmente suspensos.
Trump pode, se quiser, se recusar a assinar o projeto de lei que financia o governo até setembro e que ainda está se concretizando no Congresso.
Seus comentários complicam os esforços republicanos de apresentar este acordo orçamentário como uma vitória, graças, sobretudo, a um aumento no gasto militar.
Congresso
Trump também pediu uma mudança nas regras do Congresso, que requer 60 votos no Senado para aprovar normas do orçamento, um limite que torna necessário um compromisso entre partidos.
"A razão para o plano negociado entre republicanos e democratas é que precisaoms de 60 votos no Senado que não estão ali! Ou elegemos mais senadores republicanos em 2018, ou mudamos as regras agora a 51%", tuitou Trump.
Isso modificaria substancialmente a política americana, tornando os orçamentos mais partidários e envenenando o que resta da cooperação entre partidos.