O diretor do FBI, James Comey, disse na quarta-feira (3) que o WikiLeaks não se qualifica como jornalismo e chamou seus vazamentos contínuos de segredos americanos de "inteligência pornográfica".
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Ante a investigação sobre o papel desempenhado pelo WikiLeaks na campanha da Rússia para interferir nas eleições americanas do ano passado, Comey disse que não acha que o grupo nem seu fundador, Julian Assange, mereçam a proteção que os jornalistas americanos têm ao publicar material confidencial.
"Cruzam uma linha quando tentam educar o público e em vez disso se transformam em 'inteligência pornográfica', simplesmente lançando informação sobre fontes e métodos sem levar em conta os valores da Primeira Emenda que normalmente fundamentam os artigos jornalísticos", afirmou Comey ante o Comitê Judicial do Senado.
Ao publicar comunicações do Partido Democrata, segredos da CIA e outros materiais, o WikiLeaks "se torna um veículo para os serviços de inteligência russos ou de outros adversários dos Estados Unidos, com o objetivo de lançar informação que prejudica o país".
"Todos podemos concordar que não há nada que cheire a 'jornalístico' nesta conduta", disse.
Governo
O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, disse no mês passado que o Departamento de Justiça considera uma prioridade prender Assange, que está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012 para evitar a extradição à Suécia, onde enfrenta acusações de estupro, que ele nega.