Uma integrante da equipe do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama que advertiu a Casa Branca sob Donald Trump a respeito dos contatos entre um de seus principais assessores e a Rússia deve falar publicamente pela primeira vez sobre o tema. Trump, por sua vez, insinuou no Twitter que a ex-autoridade teria vazado informações à imprensa e ainda se distanciou do ex-assessor.
Leia Também
A ex-procuradora-geral interina Sally Yates fala hoje no subcomitê Judiciário do Senado americano que investiga a interferência russa na eleição presidencial de 2016 nos EUA. A fala deve trazer detalhes importantes sobre a cadeia de eventos que levou à queda de Michael Flynn, primeiro assessor de segurança nacional de Trump, nas semanas iniciais do governo.
Pedido de demissão de Flynn
O pedido de demissão de Flynn ocorreu após a imprensa relatar que ele havia discutido sanções impostas pelos EUA sobre a Rússia com o embaixador Sergey Kislyak durante o período de transição presidencial, informação distinta à divulgada inicialmente pela Casa Branca. Trump buscou se distanciar do ex-assessor nesta segunda-feira. No Twitter, o presidente escreveu que o governo Obama deu a Flynn a mais alta recomendação de segurança quando ele trabalhou para o Pentágono. O presidente não fez menção ao fato de que Flynn havia sido demitido do governo Obama em 2014.
Em uma segunda mensagem, Trump disse que Yates deveria ser questionada sob juramento para se descobrir "se ela sabe como informação secreta chegou aos jornais" logo após ela ter levantado preocupações sobre Flynn com o conselheiro da Casa Branca Don McGahn, em 26 de janeiro.
Yates deve dizer que advertiu McGahn sobre os contatos de Flynn e as divergências entre os relatos sobre o que ocorreu, segundo uma fonte ligada ao assunto.