O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estuda uma nova estratégia para o Afeganistão que inclui o envio de 3 mil soldados, informou nesta terça-feira (9) o jornal The Washington Post.
De acordo com funcionários americanos consultados pelo jornal, o envio de mais tropas tem como objetivo devolver à mesa de negociação os talibãs, "cada vez mais seguros" e combativos.
Se Trump autorizar o novo plano, o número de soldados americanos aumentaria de 8,4 mil para 11,4 mil, e seriam a partir de agora os militares do Pentágono, e não a Casa Branca, os responsáveis de retirar ou enviar novos militares.
Segundo o jornal, a nova estratégia foi idealizada pelo tenente-general H.R. McMaster, assessor de Segurança Nacional do presidente. Os Estados Unidos tinham 100 mil soldados no Afeganistão durante a presidência de Barack Obama, quando, em 2011, no vizinho Paquistão, foi morto o líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden.
Os que se opõem a esta nova estratégia intervencionista argumentam que, mesmo assim, nem sequer Obama atingiu concessões militares dos talibãs.
Intervencionismo militar
Trump chegou na Casa Branca com a promessa de reduzir o intervencionismo militar dos Estados Unidos no exterior, mas também de combater o terrorismo.
No mês passado, utilizou pela primeira vez a maior bomba não nuclear, um gigantesco míssil de 10 toneladas, para destruir um complexo sistema de túneis do Estado Islâmico no Afeganistão.