Centenas de trabalhadores de uma usina nuclear nos Estados Unidos receberam nesta terça-feira (9) a ordem de se protegerem diante do desmoronamento de um terreno carregado de material altamente radioativo, embora as autoridades descartem, até o momento, qualquer vazamento.
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Os primeiros relatos indicaram que "não há indícios de liberação de contaminação neste momento" e que os inspetores "estão se aproximando mais da área onde se registrou o colapso do solo para uma revisão visual", segundo um comunicado do Departamento de Energia.
O comunicado detalhou que o terreno colapsado é de 20 pés por 20 pés (seis metros por seis metros) e que os resíduos nucleares estão localizados em túneis que ficam a centenas de pés de profundidade (mais de 30 metros). "Os túneis contém materiais contaminados", apontou o Departamento de Energia, que opera a usina de Hanford.
Parte do pessoal da usina foi evacuada, e outros funcionários que estavam em zonas de maior risco foram abrigados em áreas seguras. A direção de Hanford, que não respondeu às solicitações da AFP, enviou mais cedo um alerta aos funcionários ordenando que eles "assegurassem a ventilação" e evitassem "comer e beber".
Não há registro de feridos nem de planos de evacuação de cidades próximas.
Histórico
O Hanford Site foi estabelecido em 1943 nos EUA, durante a Segunda Guerra Mundial, como parte do Projeto Manhattan para proporcionar plutônio para armas nucleares. De lá saiu o material utilizado na fabricação, por exemplo, da bomba que foi lançada em Nagasaki. Hanford concentra o maior volume de resíduos nucleares dos Estados Unidos e é objeto de um imenso projeto de limpeza. Atualmente, o local comercializa energia nuclear e serve como centro de pesquisa.