França

Ex-soldado convertido ao Islã planejava atacar base militar na França

Ex-soldado de 34 anos apresenta 'perfil psicológico muito instável', segundo investigadores

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Publicado em 10/05/2017 às 19:44
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Ex-soldado de 34 anos apresenta 'perfil psicológico muito instável', segundo investigadores - FOTO: Foto: Arquivo/AFP
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O ex-soldado francês detido na última sexta-feira (5) perto de uma base militar no oeste da França pretendia atacar essas instalações militares depois de ter-se "radicalizado" - como revela uma mensagem recebida nesta quarta (10) pela AFP.

Segundo fontes da investigação, o homem, de 34 anos, apresenta um "perfil psicológico muito instável".

Ele foi detido por gendarmes na madrugada de sexta, quando se aproximava de seu carro, estacionado perto da base aérea 105 de Evreux, na Normandia. Vestia uniforme militar com insígnias do grupo Estado Islâmico (EI). Perto do veículo, os agentes também encontraram uma escopeta.

"Me chamo Alain Feuillerat, soldado muçulmano que defende sua pátria: o Estado Islâmico. Fui eu que preparei, com a ajuda de Allah, o ataque contra a base militar aérea de Evreux Fauville", garante, nessa "mensagem" de uma página e meia, escrita com erros de ortografia.

Esse mesmo texto foi achado pelos agentes em um pen drive que estava no carro de Feuillerat, confirmou uma fonte da investigação.

"O objetivo desse ataque não é causar o maior número possível de mortos, mas lhes mostrar nossa determinação", acrescentou, nesse texto datado de 27 de abril e enviado em 5 de maio, dia de sua detenção.

Além da reivindicação, a mensagem de Feuillerat continha duas imagens: uma dele vestido de militar com uma faixa do EI e uma cópia de seu passaporte francês. O jornal belga "L'Avenir" recebeu o mesmo pacote.

Em prisão preventiva, o suspeito foi indiciado na segunda-feira (8) por ter um "projeto terrorista" e por "tentativa de invasão de um terreno militar".

Confissão

Ao ser detido, reconheceu que pretendia cometer um atentado em nome do EI.

Ele largou o Exército em 2013, após dez anos de serviço, e se converteu ao Islã. Vinha sendo monitorado desde 2014 por causa de sua radicalização.

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