EUA

Trump revelou informações confidenciais a diplomatas russos, diz jornal

De acordo com o Washington Post, informações que Trump compartilhou colocaram em risco uma fonte crítica de informações sobre o Estado Islâmico

Estadão Conteúdo
Cadastrado por
Estadão Conteúdo
Publicado em 15/05/2017 às 21:18
HO / RUSSIAN FOREIGN MINISTRY / AFP
De acordo com o Washington Post, informações que Trump compartilhou colocaram em risco uma fonte crítica de informações sobre o Estado Islâmico - FOTO: HO / RUSSIAN FOREIGN MINISTRY / AFP
Leitura:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou informações consideradas altamente sigilosas ao ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e ao embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak, em uma reunião no Salão Oval da Casa Branca, de acordo com o jornal Washington Post. Citando fontes, a publicação afirma que as divulgações de Trump puseram em risco uma fonte crítica de informações sobre o grupo terrorista Estado Islâmico.

De acordo com o Washington Post, as informações que Trump compartilhou com a Rússia foram fornecidas por uma fonte do governo americano, por meio de um acordo de inteligência. A fonte, no entanto, não deu permissão ao governo americano para compartilhar o material com a Rússia. Segundo atuais e ex-funcionários da Casa Branca, a decisão de Trump põe em risco a cooperação de um aliado que tem acesso ao funcionamento interno do Estado Islâmico. "Após a reunião com Trump, funcionários da Casa Branca tomaram medidas para conter os danos, acionando a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) e a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês)."

As informações repassadas por Trump têm relação com a ameaça terrorista do grupo e ao uso de laptops e outros dispositivos eletrônicos em voos, segundo pessoas familiarizadas com a conversa. No fim de março, os EUA proibiram a presença de dispositivos eletrônicos como tablets e laptops em voos que tinham origem em vários países do Oriente Médio.

O encontro de Trump com Lavrov e Kislyak ocorreu na semana passada, um dia depois de Trump demitir o então diretor do Escritório de Investigação Federal (FBI, na sigla em inglês), James Comey, que comandava as investigações sobre uma suposta interferência russa nas eleições presidenciais americanas de 2016. Após a demissão, congressistas democratas acusaram o republicano de obstruir a Justiça com a demissão.

Casa Branca nega que Trump tenha revelado informações confidenciais

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, afirmou que o presidente americano, Donald Trump, "não conversou sobre fontes, métodos ou operações militares" com o ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e o embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak, em uma reunião no Salão Oval da Casa Branca.

"Durante a reunião do presidente Trump com o ministro Lavrov, uma ampla gama de assuntos foi discutida, entre os quais estavam os esforços comuns e as ameaças sobre como conter o terrorismo", afirmou Tillerson.

Em uma breve declaração após a divulgação da reportagem, o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster afirmou que "a história que apareceu nesta noite é falsa". Segundo McMaster, em nenhum momento, fontes de inteligência ou métodos foram discutidos. "Eu estava naquela sala. Isso não aconteceu."

Últimas notícias