FRANÇA

Macron pede solidariedade para a sua equipe de governo

Na primeira reunião de gabinete, Macron destacou como "regra de bom funcionamento" a solidariedade entre membros do governo, que reúne socialistas, radicais de esquerda, de direita e centristas

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Publicado em 18/05/2017 às 11:14
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Na primeira reunião de gabinete, Macron destacou como "regra de bom funcionamento" a solidariedade entre membros do governo, que reúne socialistas, radicais de esquerda, de direita e centristas - FOTO: Foto: Thomas Samson/ AFP
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O novo chefe do Estado francês, o centrista pró-europeu Emmanuel Macron, presidiu nesta quinta-feira (18) a sua primeira reunião de gabinete, após a composição de seu governo, ao qual pediu para trabalhar em "solidariedade".

Liderado por um primeiro-ministro da direita moderada, Edouard Philippe, a nova equipe inclui personalidades de esquerda, direita, centro e da sociedade civil, e respeita a paridade de gênero.

Ele vai seguir "a linha com a qual o presidente" foi eleito, garantiu nesta quinta-feira o ministro da Coesão Territorial, Richard Ferrand.

O chefe de Estado deve presidir à tarde um Conselho de Defesa. E na sexta-feira visitará a base militar de Gao, no Mali, a sua primeira visita para saudar as tropas francesas.

Esta primeira reunião de ministros serviu para Emmanuel Macron definir a direção de mandato e o roteiro do governo a poucas semanas das eleições legislativas.

Aos ministros, o presidente recordou a sua responsabilidade de "fixar a estratégia". "As decisões de longo prazo são tomadas no Eliseu (o palácio presidencial), e as cotidianas ou de médio prazo são feitas em Matignon", sede do primeiro-ministro, indicou o porta-voz do governo, Christophe Castaner, após o conselho de ministros.

Emmanuel Macron também destacou algumas "regras de bom funcionamento", como "a solidariedade necessária entre todos os membros do governo", vindos de horizontes opostos. Mesmo se "a consistência não signifique uniformidade".

Por hora, este "consistência" deve estar ao serviço das legislativas de 11 e 18 de junho, decisivas para o presidente Macron que precisa de uma maioria parlamentar para realizar sua política de reformas.

Tal maioria (289 deputados dos 577) não está garantida para o A República em Marcha, o movimento de Macron, que enfrentará deputados muitas vezes bem implantados localmente.

"Os ministros são militantes da maioria presidencial, não são militantes deste ou daquele partido político", ressaltou Castaner.

Neste sentido, Edouard Philippe garantiu nesta quinta-feira que se envolveria na batalha das eleições legislativas para "dar ao presidente a maioria que ele precisa".

Ao redor da mesa do Conselho, além de Emmanuel Macron e Edouard Philippe, 18 ministros e quatro secretários de Estado estavam sentados.

Onze mulheres e onze homens ministros compõem o governo. Metade vem da sociedade civil, uma proporção nunca vista, incluindo a medalhista olímpica Laura Flessel na pasta dos Esportes, um popular apresentador de televisão ambientalista, Nicolas Hulot, para a Transição Ecológica e uma editora, Françoise Nyssen, para a Cultura.

Além dessas personalidades, o governo conta com quatro socialistas, dois radicais de esquerda, três centristas e dois do Os Republicanos (direita).

Esses últimos, Bruno Le Maire e Gérald Darmanin, deixaram o partido ao entrarem no governo, segundo Os Republicanos.

Um pouco mais de seis franceses a cada dez (61%) estão satisfeitos com a composição do governo, segundo uma pesquisa Elabe para a televisão BFMTV publicada nesta quinta-feira.

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