Cerca de 2.300 migrantes foram resgatados nesta quinta-feira (25) ao largo da costa da Líbia e dois outros foram encontrados mortos, enquanto as vítimas e sobreviventes da tragédia de quarta-feira viajavam para a Itália, anunciou a guarda costeira italiana.
Leia Também
Estes resgates elevam a mais de 5.900 o número de pessoas socorridas desde terça-feira, enquanto as duas vítimas se somam aos 35 mortos, incluindo uma dúzia de crianças, cujos corpos foram recuperados na quarta-feira depois que centenas de migrantes caíram na água.
"Concluímos nossa 12º e última missão de resgate para hoje e contabilizamos 1.449 pessoas a bordo", tuitou a organização Médicos Sem Fronteiras, que divulgou imagens dos migrantes amontoados em seu avio Prudence.
"Onde estão os navios europeus?", questionou a ONG no início do dia.
As outras operações de resgate desta quinta-feira foram realizadas pelas embarcações da guarda costeira italiana e navios comerciais.
Ao mesmo tempo, o Phoenix da ONG Moas se dirigia para o porto de Crotone, no sul da Itália, com 598 migrantes e 33 cadáveres recuperados na quarta-feira, de acordo com um comunicado da ONG.
Na quarta-feira, os ativistas da Moas distribuíam coletes salva-vidas para os passageiros de um barco de madeira com 750 pessoas a bordo, quando uma forte onda jogou cerca de 400 na água.
Cerca de 700 sobreviventes foram resgatados, principalmente pelo Phoenix. Mas um homem sucumbiu aos seus ferimentos, enquanto três gravemente feridos e uma mulher grávida de nove meses precisaram ser evacuados para um navio militar italiano.
"Não há palavras para descrever o que acontece no Mediterrâneo neste momento. É uma tragédia terrível que continua a se desdobrar às portas da Europa", denunciou Chris Catrambone, fundador da Moas e presente a bordo.
Na véspera da cúpula do G7 em Taormina, na Sicília, o MSF apelou os líderes das grandes potências a assumir "compromissos corajosos para alcançar políticas de migração humanas e de longo prazo".
Desde o início do ano, a Itália viu desembarcar mais de 50.000 migrantes em suas costas, sem contar aqueles resgatados nos últimos dias, enquanto mais de 1.400 outros morreram ou desapareceram no mar de acordo com a ONU.