A primeira-ministra britânica, Theresa May, é parcialmente responsável pelo atentado terrorista em Manchester pelos cortes orçamentários, disse nesta quinta-feira (25) uma dirigente do Partido para a Independência do Reino Unido (Ukip).
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"Acredito que ela tem certa responsabilidade. Todos os políticos que votaram a favor das medidas para aplicar cortes têm alguma responsabilidade", disse Suzanne Evans, número dois do partido antieuropeu e anti-imigração, no lançamento do programa eleitoral para a eleição de 8 de junho.
May foi ministra do Interior durante seis anos, antes de chegar ao poder em 2016 pela demissão do também conservador David Cameron, que renunciou por sua derrota no referendo sobre a União Europeia.
Durante um discurso em 2015 no congresso da Federação de Policiais, May pediu que parassem de fazer alarde com suas queixas sobre os cortes.
"Este alarmismo não faz bem a ninguém", declarou. "Assim, pelo bem de vocês e de milhares de policiais que trabalham duro a cada dia, parem de gritar que 'o lobo está vindo'".
O governo de May admitiu que o autor do atentado, Salman Abedi, já havia sido investigado pelas autoridades.
O jornal The Daily Telegraph, próximo aos conservadores, escreveu nesta quinta-feira que o governo terá que responder "porque os múltiplos avisos sobre o agressor de Manchester não conduziram a nenhuma ação".