Saúde

Índia confirma primeiros casos de zika

Os casos de zika na Índia, incluindo o de uma mulher grávida, foram descobertos durante exames de rotina em um laboratório

AFP
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Publicado em 27/05/2017 às 19:43
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Os casos de zika na Índia, incluindo o de uma mulher grávida, foram descobertos durante exames de rotina em um laboratório - FOTO: Foto: Bernardo Soares/Acervo JC Imagem
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As autoridades indianas confirmaram os primeiros casos do vírus da zika no país, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS), um registro que torna a Índia o mais recente país afetado pela doença, considerada responsável pela microcefalia em bebês nascidos de mães infectadas.

Os casos de zika na Índia, incluindo o de uma mulher grávida, foram descobertos durante exames de rotina em um laboratório do estado de Gujarat, em um período de mais de um ano, registrou a OMS em seu site.

Estes casos "sugerem uma transmissão de baixa intensidade do vírus da zika" na Índia, acrescenta a organização, pedindo às autoridades que reforcem sua vigilância.

Presença do vírus

Cerca de 70 países e territórios confirmaram a presença do vírus da zika desde 2015, segundo a OMS.

Não existe nenhuma vacina ou tratamento contra o vírus. Transmitido pelo mosquito ou durante as relações sexuais, o zika é responsável por uma epidemia que atingiu 1,5 milhão de pessoas no Brasil.

Benigno na maior parte das pessoas, pode comportar o que a OMS chama agora de "síndrome congênita da infecção do vírus da zika", que envolve complicações neurológicas e graves anomalias no desenvolvimento cerebral.

Além da microcefalia, os especialistas observaram outras manifestações como desproporções cranioencefálicas, espasticidade (desordem muscular), convulsões, irritabilidade e mau funcionamento de algumas partes do cérebro que se apresentam por problemas de alimentação ou anomalias oculares.

No ano passado, um estudo publicado na revista médica britânica The Lancet Infectious Diseases, estimava que um terço da humanidade - 2,6 bilhões de pessoas - vive em países onde o vírus da zika poderia se propagar, tendo Índia e China na liderança, mas igualmente possível em vários países do sudeste asiático e da África.

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