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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, responsabilizou neste domingo opositores pelo assassinato de um militar da reserva na tarde de sábado, o que qualificou de "um crime de ódio".
Um tenente da reserva da Guarda Nacional, de 34 anos, morreu após ser agredido e baleado por um grupo de pessoas na localidade de Cabudare (estado de Lara, oeste), confirmou a Justiça. A moto em que ele se deslocava foi queimada.
"É um crime de ódio (...) Foi atacado por um grupo de criminosos, assassinos, 'guarimberos' (manifestantes violentos), que o agrediram e depois o mataram. Isso pode se chamar de oposição política? Chama-se terrorismo criminoso", disse Maduro durante seu programa semanal na emissora estatal VTV.
"Estão identificados em fotografias e vídeos os responsáveis e vamos buscá-los debaixo das pedras (...) Serão presos!", acrescentou o presidente.
Procuradoria não relaciona protesto com a morte do militar
A Procuradoria não vinculou o fato à onda de protestos opositores contra Maduro, que deixou 59 mortos em 58 dias, segundo o balanço da instituição. Governo e oposição se acusam mutuamente pelos atos de violência.
O Ministério Público informou mais cedo que um jovem de 20 anos morreu após ter sido ferido no abdômen no sábado, durante protesto em Lechería (estado de Anzoátegui, leste). Era ativista do partido opositor Voluntad Popular, do dirigente detido Leopoldo López.
Segundo a imprensa local, o militar da reserva assassinado em Lara foi acusado de ter se infiltrado enquanto tirava fotos em um ato da oposição em memória de um falecido, o que desencadeou o ataque.
Maduro acusou os líderes da oposição de serem "cúmplices" por "seu silêncio".