RACISMO

Autor de homicídios islamofóbicos nos EUA defende 'ato de patriotismo'

Sem se declarar culpado, ou inocente, das nove acusações que pesam contra ele, Jeremy Joseph Christian continuou vociferando

AFP
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Publicado em 31/05/2017 às 1:40
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Sem se declarar culpado, ou inocente, das nove acusações que pesam contra ele, Jeremy Joseph Christian continuou vociferando - FOTO: Foto: AFP PHOTO / PORTLAND POLICE
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"Vocês chamam de terrorismo, eu chamo de patriotismo!": gritou em uma corte americana, nesta terça-feira (30), o supremacista branco acusado de matar duas pessoas quando defendiam duas mulheres, assediadas com insultos racistas e antimuçulmanos.

Sem se declarar culpado, ou inocente, das nove acusações que pesam contra ele, Jeremy Joseph Christian seguiu disparando sua metralhadora verbal: "vão embora, se não gostam da liberdade de expressão! Morte aos inimigos dos Estados Unidos! Vão embora desse país se odeiam nossa liberdade"!

Ele deve voltar ao tribunal em 7 de junho.

Na audiência, estava Micah Fletcher, que sobreviveu a uma punhalada, depois de intervir na defesa de uma adolescente negra de 16 anos e de sua amiga muçulmana. Ambas eram agredidas por Christian com insultos raciais e religiosos em um trem. Outros dois homens que também tentaram defendê-las morreram esfaqueados.

"Fui apunhalado no pescoço, quando ia para o meu trabalho, por acaso, por um estranho que não conheço, por tentar ser uma pessoa boa", disse Fletcher ao canal NBC nesta terça.

Segundo a imprensa local, Christian, de 35 anos, apareceu em ato de extrema direita no Oregon, em abril, no qual lançava xingamentos racistas enquanto fazia a saudação nazista.

Ele tem antecedentes criminais por roubo, sequestro e posse de armas, relatam jornais americanos.

Crime

Descrevendo um dos ataques islamofóbicos, Destinee Mangum, uma das vítimas, contou que estava com a amiga, a qual usava um "hijab". As duas estavam em um trem lotado, no horário de pico, quando Christian se aproximou e começou a insultá-las.

"Ele disse para voltarmos para a Arábia Saudita e disse que não deveríamos estar aqui, que fôssemos embora do país", contou ela à rede KPTV.

"Basicamente, ele nos disse que não éramos nada e que nós deveríamos nos matar", completou.

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