Os Estados Unidos e a China estão discutindo os próximos passos que darão em resposta aos testes de mísseis da Coreia do Norte e podem definir novas sanções ainda esta semana - informou a embaixadora de Washington na ONU, Nikki Haley, nesta terça-feira (30).
A China está pressionando Pyongyang para que mude seu comportamento e discute com os Estados Unidos o momento indicado para uma possível nova resolução de sanções, disse a embaixadora aos jornalistas.
"Trata-se de em que ponto lançamos a resolução, ante qual teste dizemos 'agora é o momento de ir adiante'", explicou, acrescentando que os Estados Unidos "manterão a pressão sobre a China", ao mesmo tempo em que continuarão "trabalhando com eles".
A Coreia do Norte realizou três testes de mísseis em menos de três semanas, desafiando as advertências da ONU sobre possíveis novas sanções.
Na segunda-feira (29), Pyongyang testou um míssil de curto alcance que caiu provocativamente perto do Japão.
Há um mês, os Estados Unidos iniciaram com a China uma conversa sobre novas sanções, a fim de redigir uma proposta de resolução para apresentá-la ao Conselho de Segurança, mas nenhum texto foi acordado ainda.
A embaixadora americana assegurou que o Conselho não está retrocedendo, mas considerando cuidadosamente os próximos movimentos.
"Nada está mudando as ações da Coreia do Norte e, por isso, (o Conselho) está se reagrupando e dizendo 'bom, o que vamos fazer, se isso vai acontecer a cada dois dias?'", afirmou a embaixadora.
Leia Também
Haley disse que os Estados Unidos abrirão um diálogo com Pyongyang, se o regime detiver seus mísseis e testes nucleares.
A Coreia do Norte está tentando desenvolver um míssil de longo alcance capaz de atingir o território continental dos Estados Unidos com uma ogiva nuclear. Até agora, Pyongyang organizou cinco testes atômicos, dois deles no ano passado.
Sanções
Em 2016, o Conselho de Segurança aprovou duas resoluções de sanções para aumentar a pressão sobre Pyongyang, visando a negar ao líder Kim Jong-Un os recursos financeiros necessários para financiar seus programas militares.
No total, foram impostas seis séries de sanções à Coreia do Norte desde que o país testou um dispositivo atômico pela primeira vez, em 2006.