TENSÃO

Alemanha, França e Itália dizem que Acordo de Paris não é renegociável

Os três países lamentaram a saída dos EUA do Acordo de Paris

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Publicado em 01/06/2017 às 20:03
Foto: Brendan Smialowski / AFP
Os três países lamentaram a saída dos EUA do Acordo de Paris - FOTO: Foto: Brendan Smialowski / AFP
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Os chefes de Estado e de governo da Alemanha, França e Itália lamentaram, em uma declaração conjunta, a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima e afirmaram que este "não é renegociável". "Lamentamos a decisão dos Estados Unidos" de sair deste pacto, indicam no comunicado. 

"Estamos firmemente convencidos de que o acordo não pode ser renegociado", na medida em que representa um "instrumento vital para nosso planeta, nossas sociedades e nossas economias", acrescentaram.

NEGOCIAÇÕES

Trump disse nesta quinta-feira (1º) que queria negociar um "novo acordo" ou renegociar o de Paris. "Consideramos que sua dinâmica é irreversível" e que oferece "oportunidades consideráveis para a prosperidade e o crescimento, em nossos países e em nível global", insistiram os três líderes.

REAÇÃO DO BRASIL

O Brasil manifestou "profunda preocupação e decepção" com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, anunciada nesta quinta-feira pelo presidente americano, Donald Trump, informou o Itamaraty em um comunicado oficial. "O governo brasileiro recebeu com profunda preocupação e decepção o anúncio no dia de hoje, 1° de junho, de que o governo norte-americano pretende retirar-se do Acordo de Paris sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e 'renegociar' sua reentrada", diz o texto.

A chancelaria informou, ainda, que "preocupa o impacto negativo de tal decisão e cooperação multilateral para o enfrentamento de desafios globais". O Itamaraty ratificou por carta estar "comprometido" com a implementação do Acordo de Paris, firmado por 195 países em dezembro de 2015. "O combate à mudança do clima é processo irreversível, inadiável e compatível com o crescimento econômico", ressaltou o comunicado firmado pela chancelaria brasileira.

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