A taxa de desemprego nos Estados Unidos registrou em maio o menor nível em 16 anos, mas a criação de empregos foi decepcionante, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (2) pelo Departamento do Trabalho.
A economia americana criou 138.000 empregos em maio, enquanto analistas esperavam 185.000.
A taxa de desemprego recuou um décimo, a 4,3%, o menor nível desde maio de 2001.
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Os números de maio foram acompanhados de uma revisão em baixa dos dados de abril, o que deixou em 121.000 a média de empregos criados nos últimos três meses.
O relatório foi divulgado a duas semanas da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos. A maioria dos analistas espera um aumento da taxa de juros.
A queda do desemprego, como resultado de um mercado de trabalho mais ajustado, é um elemento a favor dos membros do Fed que acreditam que os Estados Unidos atingiram o pleno emprego e justificaria aumentar a taxa de juros.
No entanto, a pobre geração de novos postos de trabalho dá argumentos a quem pede cautela para a retirada de estímulos econômicos.
A taxa de desemprego caiu 0,5 pontos percentuais neste ano e relatórios do Fed indicam que os empregadores têm tido dificuldades para encontrar trabalhadores qualificados, o que os leva a oferecer salários mais altos, gerando um receio de um aumento muito alto da inflação.
A quantidade de demissões é a menor em 40 anos porque as companhias temem não encontrar substitutos, segundo os analistas.
A taxa de emprego, que mede a ocupação das pessoas aptas para trabalhar, caiu 0,2 pontos percentuais, a 62,7%, mas, segundo o relatório, esse dado não marca uma tendência clara nos últimos 12 meses.